Poetry International Poetry International
Gedicht

Teixeira de Pascoaes

IDYLL

As the night above me
Keeps on growing,
Closer and more real
Is your apparition. . .
Your shadowy eyes
On an ivory face,
Your voice like a prayerful murmur. . .

O Virgin of Sadness,
I hear your steps. . . I see,
Imprinted on my soul,
The outline of your feet. . .
You come from afar. . . Here
You come, smiling, to kiss me
With lips that have turned to dust.

That ghostly touch
Of your amorous Shadow
Plunges me into silence
And an ashen pallor. . .
And my life sinks,
Ecstatic and overwhelmed,
Into a gloomy abyss of love.

Idílio

Idílio

Conforme vai crescendo
A noite sobre mim,
Mais próxima e real
É a tua aparição. . .
Os teus olhos de sombra
Em rosto de marfim,
Tua voz, num murmúrio de oração.

Ó virgem da Tristeza,
Ouço-te os passos. . . Vejo
Impresso, na minh’alma,
O talhe dos teus pés. . .
Vens, de longe. . . Lá vens,
Sorrindo, dar-me um beijo,
Com uns lábios que a terra já desfez.

Teu contacto espectral
De Sombra enamorada
Afoga-me em silêncio
E lívido palor. . .
E a minha vida fica,
Extática e abismada,
Numa fundura lúgubre de amor.
Teixeira de  Pascoaes

Teixeira de Pascoaes

(Portugal, 1877 - 1952)

Landen

Ontdek andere dichters en gedichten uit Portugal

Gedichten Dichters

Talen

Ontdek andere dichters en gedichten in het Portugees

Gedichten Dichters
Close

Idílio

Conforme vai crescendo
A noite sobre mim,
Mais próxima e real
É a tua aparição. . .
Os teus olhos de sombra
Em rosto de marfim,
Tua voz, num murmúrio de oração.

Ó virgem da Tristeza,
Ouço-te os passos. . . Vejo
Impresso, na minh’alma,
O talhe dos teus pés. . .
Vens, de longe. . . Lá vens,
Sorrindo, dar-me um beijo,
Com uns lábios que a terra já desfez.

Teu contacto espectral
De Sombra enamorada
Afoga-me em silêncio
E lívido palor. . .
E a minha vida fica,
Extática e abismada,
Numa fundura lúgubre de amor.

IDYLL

As the night above me
Keeps on growing,
Closer and more real
Is your apparition. . .
Your shadowy eyes
On an ivory face,
Your voice like a prayerful murmur. . .

O Virgin of Sadness,
I hear your steps. . . I see,
Imprinted on my soul,
The outline of your feet. . .
You come from afar. . . Here
You come, smiling, to kiss me
With lips that have turned to dust.

That ghostly touch
Of your amorous Shadow
Plunges me into silence
And an ashen pallor. . .
And my life sinks,
Ecstatic and overwhelmed,
Into a gloomy abyss of love.
Sponsors
Gemeente Rotterdam
Nederlands Letterenfonds
Stichting Van Beuningen Peterich-fonds
Prins Bernhard cultuurfonds
Lira fonds
Partners
LantarenVenster – Verhalenhuis Belvédère